Plano Agrícola traz crédito mais barato para o campo

Setor teme dificuldade de acesso aos R$ 65 bilhões aportados pelo governo Além do aumento de 12,1% no aporte de recursos, o Plano Agrícola e Pecuário 2008/ 2009 oferecerá crédito mais barato ao agricultor. Dos R$ 65 bilhões anunciados, ontem, pelo presidente Lula, em Curitiba, R$ 45,4 bilhões terão juros controlados em 6,75%, ampliação de 20% em relação a 2007/2008. 'Teremos uma safra com juros mais baixos. A taxa caiu de 8,75% para 6,75%', informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O pacote ainda trouxe revisão nos limites de alguns programas, como o Moderagro e o Propflora. Também foi criada uma nova linha, o Produsa, com aporte de R$ 1 bilhão para a recuperação de pastagens em áreas degradadas. No RS, a preocupação é com a dificuldade de obtenção dos recursos. 'Lastimamos que poucos produtores tenham acesso a isso', disse o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, referindo-se à limitação decorrente de problemas operacionais na renegociação das dívidas. O deputado Luis Carlos Heinze defende que a facilitação do acesso à verba é fundamental. 'A desburocratização é um problema', apontou o presidente da Federarroz, Renato Rocha, que lamentou a falta de medidas para conter a alta dos adubos.