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05/06/2008
Produção industrial gaúcha cresce 7,5% em abril na comparação com 2007
Entre abril e março os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram taxas positivas em seis dos quatorze locais pesquisados. À exceção do Amazonas, que praticamente repetiu o patamar de produção do mês anterior (0,1%), todas as áreas com expansão na produção registraram taxas acima da média nacional (0,2%), com destaque para Goiás (3,6%) e Bahia (1,6%) que assinalaram os avanços mais acentuados. Vale destacar também o segundo resultado positivo consecutivo em São Paulo (0,6%) neste tipo de comparação. Entre as áreas que reduziram a produção, Ceará (-7,7%) e Pernambuco (-8,4%) apontaram as quedas mais intensas, após acumularem, respectivamente, ganhos de 12,9% em dois meses e 10,6% em cinco meses. Na comparação abril 08/abril 07 que, para o total do país, ficou em 10,1%, os índices regionais mostraram um predomínio de resultados positivos, que alcançaram treze dos quatorze locais pesquisados. Vale ressaltar o fato de que há um dia útil a mais em abril de 2008 em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre as áreas com taxas positivas, destacaram-se o Espírito Santo (22,0%), Goiás (15,8%), São Paulo (14,9%) e Bahia (12,3%) com avanços a dois dígitos e acima da média nacional. Santa Catarina (9,9%), Paraná (9,7%) e Nordeste (9,6%) assinalaram taxas bem próximas à média nacional. Também com resultados positivos, porém, abaixo do crescimento do país, figuraram: Rio Grande do Sul (7,5%), Minas Gerais (6,9%), Ceará (6,6%), Pernambuco (3,0%), Amazonas (2,6%) e Pará (2,6%). O único local que apresentou queda nesse tipo de comparação foi o Rio de Janeiro (-2,8%), influenciado pelos setores farmacêutico e de refino de petróleo e produção de álcool. RIO GRANDE DO SUL Em abril, a indústria do Rio Grande do Sul, na série livre dos efeitos sazonais, recuou 1,1% frente a março, após três resultados positivos consecutivos, período em que acumulou acréscimo de 2,4%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou variação negativa de 0,2% entre os trimestres encerrados em abril e março, interrompendo a seqüência de sete trimestres positivos, quando acumulou ganho de 4,1%. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial apontou expansão de 7,5%. Nas demais comparações, os resultados também foram positivos: acumulados no ano (6,5%) e nos últimos doze meses (6,8%). No indicador mensal, a indústria gaúcha cresceu 7,5%, sustentada, sobretudo, pelos impactos positivos em onze dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, os mais expressivos vieram de máquinas e equipamentos (41,7%), alimentos (22,6%), veículos automotores (25,1%) e bebidas (24,6%). Nestes setores sobressaíram, respectivamente, os itens: aparelhos de ar condicionado; arroz semibranqueado, carne bovina; automóveis e carrocerias para ônibus; e vinhos de uva. Em sentido contrário, as maiores influências negativas na média global vieram de outros produtos químicos (-34,6%), que apresentou diminuição na produção, principalmente, de etileno não-saturado e polietileno de alta densidade; e refino de petróleo e produção de álcool (-11,4%), devido, sobretudo, à menor produção de naftas para petroquímica. O resultado do primeiro quadrimestre de 2008 (6,5%) interrompeu a trajetória descendente observada ao longo do ano de 2007, com avanços em dez das quatorze atividades pesquisadas. Máquinas e equipamentos (29,0%), alimentos (11,6%) e veículos automotores (18,2%) foram os principais impactos positivos, em função, sobretudo, dos acréscimos registrados nos produtos: máquinas para colheita; aparelhos de ar condicionado; carnes bovinas, carnes e miudezas de aves; Carrocerias para ônibus e automóveis, respectivamente. Por outro lado, outros produtos químicos (-8,4%) e fumo (-11,5%) exerceram as maiores contribuições negativas, pressionados em grande parte pelas reduções na fabricação dos itens etileno não-saturado, borracha de estireno-butadieno; e fumo processado, respectivamente.