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02/03/2017
Bancos Mais Otimistas para a Expodireto

Ecoando a percepção vinda do campo, que une mais uma safra cheia de grãos no Estado com o sentimento de que, aos poucos, o país começa a sair da recessão, os bancos também esperam aumentar os negócios na Expodireto. A organização da feira, que se inicia na segunda-feira, em Não-Me-Toque, espera crescimento de 15% em relação à edição do ano passado, quando as vendas chegaram a R$ 1,58 bilhão, ainda em meio ao turbilhão da crise política e à falta de sinais de fim da crise na economia. 
Maior fonte de crédito para o agronegócio no país, o Banco do Brasil (BB) estima que as propostas de financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos poderão chegar a R$ 700 milhões, ante R$ 500 milhões da última feira. Os números se referem a pedidos que vão para análise e podem ou não se confirmar, observa o superintendente estadual do BB, Edson Bündchen, lembrando que, em regra, cerca de 60% são efetivados. 
– Nossas expectativas estão mais otimistas, refletindo o sentimento do segmento por conta da safra de soja, milho e arroz. Isso deve se refletir no ânimo do produtor para adquirir máquinas – diz Bündchen, acrescentando ainda que, este ano, os agricultores poderão originar as propostas via celular, preenchendo dados básicos em um novo aplicativo disponibilizado pelo banco. 
Impressão semelhante tem o diretor de crédito do Banrisul, Oberdan Celestino de Almeida. 
O resultado das lavouras e a melhora do humor em relação às perspectivas para a economia tendem a favorecer os negócios. 
– Nosso otimismo é maior em relação às duas últimas feiras – compara Almeida. 
O banco estatal gaúcho soma R$ 104 milhões em financiamentos concedidos ano passado. Agora, sintonizado com as projeções da organização da feira, a intenção é elevar a contratação em 10% a 15%. Principalmente de implementos agrícolas. 
Para Almeida, após um período de cautela, os agricultores devem voltar a apostar na atualização do parque de máquinas, diante da rápida evolução tecnológica dos equipamentos. 
No Sicredi, outra instituição financeira com forte atuação no agronegócio, a visão é semelhante. Para este ano, os associados terão à disposição R$ 220 milhões. Na mostra do ano passado, foram R$ 132,5 milhões