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Qual política econômica está certa?
Nos últimos anos os principais motivos responsáveis pelo crescimento do setor de Máquinas e Implementos Agrícolas foram a conjuntura agrícola perfeita em produção e preço e a politica pública do governo adequada para disponibilizar recursos financeiros nos diversos programas de investimento e custeio. A criação de novos programas levou também ao campo novas tecnologias, aumento da produtividade, crescimento significativo da produção de alimentos e consequentemente da renda dos produtores, garantindo assim a segurança alimentar de muitos a preços relativamente baixos, auxiliando inclusive na contenção da inflação.
O Agronegócio vinha demostrando que os investimentos efetuados pelo Governo Federal estavam corretos e o setor respondendo positivamente a todo e qualquer investimento efetuado no setor, garantindo emprego e renda no contexto da economia nacional.
Com o sucesso nacional alcançado pelo agronegócio, atingimos um estágio de modernização ambicionado e invejado por muitas nações, comemoramos avanços nas esferas política, econômica e social, ganhamos respeito e credibilidade para enfrentar os novos tempos de globalização e economia aberta, chamamos a atenção do mundo para o nosso potencial, construindo uma nova realidade capaz de atrair investidores dos mais distantes pontos.
A partir do segundo semestre de 2014, tudo mudou e até o presente momento a tão anunciada mudança de foco de consumo para investimentos prometida pelo novo Ministro da Economia Joaquim Levy, quando do seu pronunciamento no Painel do Fórum Econômico Mundial, se transformou em aumento de custos e paralização das atividades gerando diminuição de emprego e renda causando um total desconforto em qualquer segmento produtivo dando a impressão de que produzir, gerar emprego e investir na produção provoca prejuízos e incertezas quanto ao futuro, assim sendo, o melhor para a nação é demitir e amargar prejuízos. Manter as conquistas e o sucesso que vínhamos tendo estava errado.
Hoje estamos vendo todas as regiões produtoras pensando em adiar investimentos e efetuando reuniões para redução do quadro de funcionários, causando intranquilidade e até doenças nos seus colaboradores sem perspectivas de permanecer nos empregos. Onde estão as medidas certas que seriam anunciadas para dar um alento e um pouco de ânimo a quem produz? As medidas que seriam anunciadas agora dia 19 de maio para o Plano Safra 2015/2016 foram adiadas para junho e sem nenhum indicativo de pressa para o anúncio.
Estamos diante de um novo desafio: necessitamos de boas e melhores atitudes que vão além do Ajuste Fiscal, capazes de criar novo ânimo em todos aqueles interessados que querem ver a nação voltar a crescer!
Jalmar Martel
Diretor Presidente da Indústria de Máquinas Agrícolas Fuchs S.A. – IMASA