Cenário instável do setor marca a Assembleia Geral do SIMERS

Na última sexta-feira, dia 10, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária do SIMERS. O evento contou com a presença de quarenta representantes das empresas associadas, entre gestores e colaboradores.

Inicialmente, o presidente da entidade, Claudio Bier, falou sobre as ações realizadas pelo SIMERS no primeiro semestre de 2015. Na ocasião, foi distribuído um informativo que apresenta as ações que o sindicato vem realizando para o enfrentamento do cenário atual, assim como, a efetivação das mesmas e os resultados imediatos que já foram alcançados.

O primeiro tema da ordem do dia abordado foi a - “Discussão sobre as alternativas de financiamento de máquinas agricolas 2015/2016”. O presidente mencionou que, apesar de não ser o ideal, as definições dos juros para o MODERFROTA apresentados pelo governo, que a partir de abril passaram de 4,5 para 7,5% a.a e 9% a.a para beneficiários com receita anual de até 90 milhões e acima deste montante, respectivamente, ao menos indicam um norte para os negócios das empresas. Após, o economista do sindicato, Hercílio Matos, apresentou uma alternativa de índice que o SIMERS irá levar ao MDA com o intuito de balizar o necessário aumento de preços na lista de referência do programa Mais Alimentos. Para tanto, a entidade vai enviar, ainda nesta semana ao Ministério, um ofício comunicando que o Sindicato, após estudos de perfil das empresas associadas, adotou um sistema de segmentação de produtos dividindo as empresas em grupos de produção afins. e desta forma os produtos cadastrados no MDA poderão ser reajustados a partir destes indicadores.

Na sequência, a temática abordada foi sobre as “Negociações coletivas 2015”, onde, Hercílio Matos, fez uma apresentação, com base em dados divulgados pela FIERGS, posteriormente, aconteceram alguns relatos sobre como as empresas estão buscando alternativas para evitar a demissão de colaboradores. Constatou-se que o cenário não está favorável e que é preciso que o SIMERS continue a buscar alternativas para as empresas se manterem e consequentemente, os postos de trabalho não serem extintos.

A assembleia também autorizou a representatividade através do presidente e dos procuradores, para firmar os acordos e convenções coletivas e instaurar dissídios coletivos neste exercício, tanto com a categoria profissional predominante, como com as categorias diferenciadas.

Com relação ao último assunto da ordem do dia, sobre a “Fixação do valor de contribuição especial para as empresas da categoria econômica, bem como das mensalidades”, ficou acordado que não serão reajustados no momento, tendo em vista o cenário instável do setor.

O presidente do SIMERS, Claudio Bier, ressaltou o compromisso da entidade neste momento de extrema preocupação que o setor vive.“Sabemos que o momento não é favorável, o que mais uma vez se confirmou com os relatos mencionados neste evento, porém, destaco que estamos trabalhando para viabilizar alternativas que possam suprir essa instabilidade o mais breve possível”, destaca.