Notícias

22/08/2012
Mais Alimentos cresce 20% na safra 2011/2012 e financia mais de R$ 3 bi

Na safra 2011/2012, encerrada em junho deste ano, o Mais Alimentos financiou 65 mil contratos, que, juntos, correspondem ao valor de R$ 3,1 bilhões em todo o Brasil. No ano-safra 2011/2012, o número de contratos aumentou de 54 mil para 65 mil, o que significa um salto de 20,4% no programa. Desde a criação desta ação estruturante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em 2008, até a safra 2011/2012, o Mais Alimentos firmou mais de 194 mil contratos no país. O valor total financiado no período é de R$ 9,2 bilhões. "O programa vem avançando. Isso reflete a necessidade da agricultura familiar de investimento em suas diversas culturas e regiões. Esse crescimento demonstra que a agricultura familiar como um todo está se modernizando", afirma o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. Lançado em 2008, o Mais Alimentos incrementa a produtividade da agricultura familiar, garantindo tecnologia para os produtores, financiamento e, ao mesmo tempo, assistência técnica – por meio de uma linha de crédito direcionada à modernização da infraestrutura das unidades produtivas e da realização de parceria com a indústria nacional para ofertar produtos a preços mais acessíveis. O programa contempla projetos associados a todas as culturas e atividades agropecuárias dos agricultores familiares. A meta é permitir ao agricultor familiar investir na modernização da produção, por meio da aquisição de máquinas, implementos e de novos equipamentos, para correção e recuperação do solo, resfriadores de leite, melhoria genética, irrigação, implantação de pomares e estufas, armazenagem, entre 3,6 mil itens financiados. De 2008 até a safra passada, os agricultores familiares financiaram pelo Mais Alimentos mais de 48 mil tratores, 4,35 mil caminhões, 537 colheitadeiras e mais de dez mil ordenhadeiras. Para agricultores que desenvolvem atividades de pecuária de leite, foram financiados mais de 48 mil itens, como animais (matrizes e reprodutores), currais, barracões e tanques de resfriamento. "A demanda do programa está mudando. O agricultor continua comprando trator, mas está financiando mais implementos, mais animais, fazendo outros investimentos. A preferência do consumidor no primeiro momento é adquirir o trator; no segundo momento, o implemento, a implantação de cultura", descreve o coordenador do programa Marco Antonio Viana Leite. "A partir desta safra (2012/2013) abrimos, também, a possibilidade de comprar mais. O limite individual permanece em R$ 130 mil, mas o agricultor que já financiou esse valor tem a possibilidade de fazer um novo empréstimo chegando até R$ 200 mil. Então, ele pode voltar a investir na propriedade", completa Viana. Na safra 2008/2009, os contratos para compra de tratores predominavam, com 76% dos financiamentos. Já na safra 2010/2011, correspondiam a 40% e os demais itens representavam a maioria, 60%. Na safra 2011/2012, os outros itens foram responsáveis por 64% e os tratores por 36%. Crescimento "A venda no Mais Alimentos saiu da ordem de R$ 1 bilhão e está em R$ 3 bilhões. No ano safra 2012/2013, nossa perspectiva é que cresça ainda mais", salienta o coordenador do programa. Em Rondônia, por exemplo, a expectativa para a safra atual é de dobrar o número de contratos. Da safra 2009/2010 para a safra 2011/2012 foi registrado crescimento de 33% no número de contratos no estado. Em 2011/2012, foram realizados mais de 2 mil contratos. No mesmo período, o destaque vai para o estado de Minas Gerais, que tinha mais de 10 mil contratos na safra 2010/2011 e ultrapassou os 13 mil na safra seguinte, atingindo o valor contratado de R$ 587 milhões no estado. Marco observa que estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, e do Sudeste, como São Paulo, apresentaram aumento no volume de contratos. Em São Paulo, o volume subiu de quatro mil para cinco mil (2011/2012), o que representa mais de R$ 200 milhões em valor financiado. "Atualmente, o programa está presente nas diversas regiões do país, com apoio dos governos estaduais; na Região Norte, por exemplo, houve crescimento bastante forte em Rondônia", ressalta Laudemir Müller. Plano Safra 2012/2013 A partir desta safra, os créditos de investimento têm limite de até R$ 130 mil por ano agrícola. Admite-se financiamento de máquinas e implementos agropecuários e estruturas de armazenagem, com limite individual até R$ 200 mil e na forma de crédito coletivo de até R$ 500 mil. "Já mapeamos onde estão esses agricultores com DAP e alto potencial de acessar o Mais Alimentos. Vamos ter um foco de ação mais concentrado nesses municípios", diz Marco Antonio Viana. Feirões de tecnologia Em 2012, o Mais Alimentos teve espaço privilegiado em grandes eventos da agricultura familiar, como Agrishow, Agrobrasília, Associação Paulista de Supermercados (Apas) e Rondônia Rural Show. Nesta última, em quatro dias de evento, a linha de crédito recebeu mais de mil propostas de financiamento, correspondentes a cerca de R$ 50 milhões. Os números das feiras representam aproximadamente um terço de todo o valor contratado na safra 2010/2011, na qual foram fechados 2.625 contratos, totalizando R$ 160 milhões de recursos do Mais Alimentos no estado de Rondônia. Ainda este mês, o Mais Alimentos estará presente também na Expointer, no Rio Grande do Sul, onde são esperados mais de 500 mil visitantes durante os nove dias de evento. A expectativa é alcançar pelo menos R$ 150 milhões em contratos durante a feira. Itens financiados O Mais Alimentos financia mais de três mil itens. Entre eles: máquinas e implementos, irrigação, camionetas, caminhões, animais de serviço, armazém/silos, carretas, colheitadeiras, correção intensiva do solo, eletrificação rural, galpão/paiol, granjas avícolas, lavadores/secadores/cultivadores, instalações para industrialização e beneficiamento, apicultura, avicultura. O financiamento pode ser concedido para itens novos produzidos no Brasil que constem da relação da SAF/MDA e da relação de Credenciamento de Fabricante Informatizado (CFI) do BNDES e atendam aos parâmetros relativos aos índices mínimos de nacionalização. Itens que não constem na relação da SAF e da CFI também podem ser financiados, dentro do limite de R$ 5 mil por item.