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02/07/2012
Acordo com a Argentina: Exportador gaúcho mantém cautela
A notícia de que os governos brasileiro e argentino chegaram a um acordo na quinta-feira para normalizar o fluxo comercial entre si não foi suficiente para devolver tranquilidade a exportadores gaúchos. Há pelo menos três anos enfrentando barreiras para vender à Argentina, indústrias de calçados, máquinas agrícolas, móveis e alimentos irão acompanhar a situação das mercadorias travadas no país vizinho. O objetivo é saber se o governo argentino, que tem atrasado a concessão de licenças não automáticas e feito exigências adicionais de documentos, cumprirá o acordo. – Na quarta ou quinta-feira que vêm já saberemos se os argentinos de fato normalizaram a importação de produtos brasileiros – afirma Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas no Rio Grande do Sul. Descumprimento de acordos anteriores justificam a desconfiança, explica Bier. O dirigente defende mais rigor do governo brasileiro, como forma de forçar os vizinhos a mudar sua postura. Diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Heitor Klein diz que os fabricantes mantêm a cautela quanto às barreiras. A indústria tem cerca de 1,7 milhão de pares aguardando liberação para entrar no país vizinho. – Só o que mudou da promessa de acordo anterior para essa foi a data – afirma Klein.