03/04/2012
Indústria gaúcha aprova medidas do governo federal
3/4/2012 - As medidas lançadas pelo governo federal para aumentar a competitividade das empresas nacionais foram bem recebidas pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). O presidente da entidade, Heitor José Müller, destacou, entre os diferentes pontos, a redução dos gastos com a folha de pagamento (os 15 setores mais afetados pela crise global deixarão de pagar os 20% de contribuição patronal do INSS e as empresas pagarão de 1% a 2,5% sobre o faturamento) e o adiamento do pagamento de PIS e Cofins para calçados e móveis, por exemplo, beneficiando diretamente a indústria gaúcha. "Me surpreendi positivamente, as medidas foram além das nossas expectativas, pela quantidade de ações abrangentes de estímulo à produção nacional", disse Müller.
O presidente da FIERGS ressaltou a importância do Palácio do Planalto ter reconhecido que precisava intervir para auxiliar o setor produtivo brasileiro. "O governo deu um sinal de que está atento às demandas da indústria. O pacote dá mais competitividade e otimismo para que o empresariado continue investindo", declarou. Heitor José Müller chamou a atenção igualmente para a criação de 19 comitês de competitividade, ligados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), integrados pela iniciativa privada, o governo federal e os representantes de trabalhadores, com poder de propor novas medidas de acordo com as situações específicas do mercado. "É um caminho aberto para discutir eventuais mudanças", disse.
A disposição do governo em acabar com a guerra fiscal dos portos, por meio da aprovação da Resolução 72 em discussão no Senado, também foi elogiada por Müller. "Esta guerra beneficiava poucos Estados e prejudicava muitos, inclusive o Rio Grande do Sul", observou.
O presidente da FIERGS lembra que, aparentemente, todos os setores industriais foram abrangidos e beneficiados. Entretanto, compete agora à indústria, de forma individual, a tarefa de avaliar a repercussão das propostas para sugerir alguns ajustes ou novas medidas de defesa do setor produtivo.