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19/12/2011
Quênia será quinto país a participar do Mais Alimentos África
O Mais Alimentos África, um programa do governo brasileiro coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), terá participação do Quênia. O ministro Afonso Florence e o embaixador do país africano no Brasil, Peter Kirimi Kaberia, vão assinar, em janeiro, o Projeto de Capacitação Técnica (PCT) em que ambos os países vão investir US$ 349.700,00 em intercâmbio de conhecimento e tecnologia. O Quênia é o quinto país africano a associar-se ao Mais Alimentos África este ano. O objetivo é garantir segurança alimentar e nutricional a uma população estimada de 38 milhões de habitantes. De acordo com informações do governo queniano, esse programa é essencial para fomentar o crescimento agrícola e desenvolvimento econômico e social geral da região. Este ano, o Brasil assinou pacto semelhante a este que envolve transferência de tecnologia e conhecimento, bem como de financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas nacionais, com Gana, Zimbábue, Moçambique e Senegal, na Àfrica. Na América Latina, Cuba é signatário do projeto. Com o Mais Alimentos África, o governo queniano pretende organizar produtivamente os cerca de cinco milhões de agricultores familiares quenianos e retirá-los da produção de subsistência para um modelo moderno de agricultura comercial, que permita o aumento da produtividade do país. O setor agrícola influi diretamente da indústria e contribui com cerca de 26% do Produto Interno Bruto (PIB) e promove 27% da economia nacional por meio de ligações com fabricação, distribuição e serviço de setores afins. Ainda de acordo com informações do governo do Quênia, cerca de 80% da população vive em áreas rurais e depende, principalmente, da agricultura e da pesca de subsistência. Além disso, 87% de todos os pobres vivem em domicílios rurais. A principal atividade econômica do país é a agricultura. Cerca de 50% dos quenianos são potenciais candidatos à insegurança alimentar. Linha de crédito O Programa Mais Alimentos África é uma linha de crédito do governo brasileiro que tem o objetivo de promover iniciativas no âmbito da Cooperação Sul–Sul. Ele conta com o apoio da Camex, que aprovou uma linha de crédito para países africanos de US$ 640 milhões (US$ 240 milhões para 2011 e US$ 400 milhões para 2012) a fim de financiar exportações brasileiras de máquinas e equipamentos agrícolas destinados à agricultura familiar africana. Trata-se da transferência de conhecimento e de crédito para países que necessitam de adquirir segurança e autonomia alimentar. Em 2008, o Governo Federal criou o Mais Alimentos: uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para promover a modernização produtiva das unidades familiares agrícolas em todo o território nacional. O programa atende projetos individuais (até R$ 130 mil) e coletivos (até R$ 500 mil), com juros de 2% ao ano, até três anos de carência e prazo de pagamento do empréstimo de até dez anos. Em dois anos, o Programa Mais Alimentos Brasil forneceu um financiamento de R$ 4 bilhões a pequenos produtores, por meio de mais de 100 mil contratos, o que resultou em um aumento da produtividade de 89% por área e de 30% na renda, desde a implantação do programa. A linha de crédito financia mais de quatro mil itens entre equipamentos e máquinas agrícolas, tais como tratores (até 78 CV), máquinas, implementos agrícolas, colheitadeiras, veículos de transporte de carga, projetos para construção de armazéns e silos, cerca elétrica para isolamento do rebanho, melhoramento genético, correção de solo, formação de pomares e melhoria da logística administrativa das propriedades rurais, como a informatização dos estoques, entre outras ações.