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08/04/2008
Em fevereiro, emprego industrial cresce 0,6%
Indicador volta ao patamar positivo após duas variações negativas, na série livre de influências sazonais. Na comparação com fevereiro/07, houve ganho de 3,2%, mantendo a trajetória de altas há 20 meses consecutivos. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, avanços foram de 3,0% e 2,5%, respectivamente. A folha de pagamento real ficou estável (0,0%) na passagem de janeiro para fevereiro (com ajuste sazonal), mas cresceu 4,4% no confronto com fevereiro/07 e 5,3% no acumulado do ano. Pessoal ocupado Em fevereiro, o emprego industrial voltou a apresentar sinal positivo (0,6%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após dois meses de variações negativas, quando acumulou um recuo de 0,7%. O índice de média móvel trimestral, que mostrou crescimento de novembro de 2006 até dezembro de 2007, se mantém estável há dois meses. Em relação a fevereiro de 2007, o aumento foi de 3,2%, vigésimo resultado positivo consecutivo. No indicador acumulado do primeiro bimestre de 2008, o incremento ficou em 3,0%, abaixo do índice para o quarto trimestre de 2007 (3,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos doze meses também cresceu em fevereiro (2,5%) e acelerou frente ao índice de janeiro (2,3%). No confronto com fevereiro de 2007 (3,2%), as admissões superaram as demissões na maioria (11) dos quatorze locais pesquisados, com destaque para São Paulo (4,6%), Região Nordeste (4,3%), Minas Gerais (3,1%) e Região Norte e Centro-Oeste (3,8%). Nessas áreas, as principais influências positivas vieram, respectivamente, dos ramos: máquinas e equipamentos (13,7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (17,7%), na indústria paulista; alimentos e bebidas (9,0%), no Nordeste; meios de transporte (16,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (22,7%), na indústria mineira; e alimentos e bebidas (11,8%), no Norte e Centro-Oeste. A expansão do emprego nessas áreas está respondendo à maior produção de bens de capital, de bens de consumo duráveis e ao dinamismo das vendas externas de commodities agrícolas. Em sentido contrário, Espírito Santo (-1,6%), Ceará (-0,3%) e Santa Catarina (-0,1%) exerceram os impactos negativos. Setorialmente, no total do país, onze dos dezoito segmentos pesquisados contribuíram positivamente para o crescimento do pessoal ocupado, com destaque para máquinas e equipamentos (14,1%), meios de transporte (10,7%), alimentos e bebidas (4,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%) e produtos de metal (9,3%). Por outro lado, as pressões negativas no resultado global foram exercidas, sobretudo, por calçados e artigos de couro (-10,9%), vestuário (-3,9%), madeira (-7,2%) e têxtil (-3,9%). O indicador acumulado no primeiro bimestre de 2008 cresceu 3,0%, com onze dos dezoito setores expandindo seu contingente de trabalhadores. Os destaques permaneceram com máquinas e equipamentos (13,2%), meios de transporte (10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,2%), produtos de metal (10,2%) e alimentos e bebidas (2,6%). As principais influências negativas foram: calçados e artigos de couro (-10,5%), vestuário (-3,7%), madeira (-7,7%) e têxtil (-2,7%). Entre os onze locais que cresceram no primeiro bimestre, São Paulo (4,6%), Região Nordeste (3,1%) e Minas Gerais (2,8%) tiveram as principais contribuições positivas sobre o resultado global, em oposição à pressão negativa vinda do Espírito Santo (-3,3%). Em síntese, a sustentação de um elevado patamar produtivo da atividade industrial é fator determinante na manutenção dos índices positivos no emprego, com o indicador do primeiro bimestre do ano apresentando, em 2008, o seu resultado mais elevado desde 2005.