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31/10/2011
Confiança dos industriais gaúchos recua em outubro
A confiança do industrial gaúcho caiu um ponto na passagem de setembro para outubro, totalizando 51,8 pontos. O resultado foi o pior desde junho de 2009, quando as incertezas estavam associadas à forte crise mundial iniciada no ano anterior. "A frustração com o longo período de estagnação, ao invés de uma recuperação econômica gradual, está afetando negativamente as expectativas do setor produtivo", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI/RS), nesta segunda-feira (31). O ICEI-RS desacelerou por influência do Índice das Condições Atuais, que agrega a situação das empresas e da economia. A variável passou de 46,5 pontos, em setembro, para 45,0, em outubro. A avaliação negativa dos empresários está em sintonia com o desempenho das questões ligadas à produção do setor industrial gaúcho nos primeiros oito meses do ano: Compras (-3,9%), Faturamento (-2,8%) e Utilização da Capacidade Instalada (-0,1%). Em relação ao Índice das Expectativas para os próximos seis meses, a confiança em outubro (55,3 pontos) também se manteve abaixo do nível de setembro (55,9 pontos). Dos entrevistados, 52,1% afirmaram que o atual cenário econômico restritivo continuará o mesmo. Já 23,3% acreditam em uma piora na situação e 24,7% disseram estar otimistas com o futuro. O resultado do levantamento, lembra Müller, preocupa ainda mais porque foi realizado de 1º a 19 de outubro e captou os primeiros impactos da redução dos juros e da valorização do dólar. "Mesmo com a melhora nesses dois itens, o cenário de desaceleração está pesando mais na formação de expectativas dos empresários", salientou. Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos significam otimismo e abaixo, pessimismo. O levantamento é baseado em questões referentes às condições atuais e às expectativas para os próximos seis meses com relação à própria empresa e à economia brasileira e do Estado.