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05/04/2008
Produção de máquinas agrícolas cresce 33% e vendas 54,6% em um ano
Para Anfavea, números refletem a retomada da capacidade de investimento do setor Os altos preços das commodities e a recuperação do agronegócio brasileiro estão influenciando positivamente na indústria de máquinas agrícolas. O setor apresenta crescimento significativo na produção e nas vendas. Os resultados do primeiro trimestre de 2008 foram apresentados nesta sexta-feira, em São Paulo. A produção de máquinas agrícolas cresceu 33% em um ano. O faturamento nas vendas foi ainda maior, de 43%. No primeiro trimestre do ano foram produzidas 19 mil máquinas agrícolas, contra 12 mil produzidas no mesmo período do ano passado. um crescimento de 56%. As vendas também aumentaram, passando de sete mil unidades nos três primeiros meses de 2007 para mais de 11 mil no mesmo período deste ano, uma alta de 54,6%. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), esses números refletem a retomada da capacidade de investimento do setor agropecuário. O vice-presidente da entidade, Milton Rego, afirma que a agricultura brasileira tem motivos para os bons resultados. – A colheita vai ser recorde, as culturas estão tendo boa produtividade, os preços das commodities estão recordes. Isso tudo aumenta a renda do agricultor, que investe em novos equipamentos – justifica. O aumento da demanda não preocupa o setor, que tem capacidade para produzir mais de 100 mil máquinas por ano. O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, garante que a indústria está preparada para oferecer a tecnologia necessária para o aumento da produtividade e da eficiência no campo. Em contrapartida, a previsão para as exportações não é tão otimista. A projeção divulgada pela Anfavea no início do ano mostrava uma exportação de US$ 13,5 bilhões, mas até agora o país vendeu ao exterior US$ 3,2 bilhões. Se esse ritmo se mantiver, no final do ano o total exportado será 5% menor do que a expectativa da indústria. A provável queda nas exportações preocupa a indústria de veículos automotores. – O que preocupa é o impacto da desvalorização cambial vinda de um dólar mais fraco. Isso pode ter um impacto nas nossas exportações. Estamos olhando com cuidado para isso – avalia Schneider.