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14/07/2011
Mais Alimentos: ministério e indústria renovam acordos de cooperação
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers) assinaram nesta terça-feira (12) acordos que garantem a continuidade do Programa Mais Alimentos até o final de 2014. Os acordos foram homologados durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, em Francisco Beltrão (PR). O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, destacou a importância da parceria com o setor industrial para proporcionar condições de aumentar a produção da agricultura familiar e lembrou que, hoje, o Mais Alimentos é uma referência mundial. “O programa possibilitou ao pequeno agricultor acesso a novas tecnologias que resultaram em aumento de produtividade”, reforçou Mário Fioretti, vice-presidente da Anfavea. O presidente da Camara Setorial de Maquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Celso Casale, lembrou que o Mais Alimentos estimula a agricultura familiar a aumentar a produtividade no campo. “Isso vai inserir cada vez mais essa população na economia do país.” Projetos individuais e coletivos O Mais Alimentos, linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foi criado pelo MDA em 2008 como estratégia para estimular a modernização produtiva das unidades familiares. Desde então, financiou em todo o País a comercialização de mais de 40 mil tratores (até 80 CV), 2,6 mil caminhões e 160 colheitadeiras. O Programa atende projetos individuais (até R$ 130 mil) e coletivos (até R$ 500 mil), com juros de 2% ao ano, até três anos de carência e prazo de pagamento do empréstimo de até dez anos. A partir deste Plano Safra da Agricultura Familiar, projetos de até R$ 10 mil enquadrados no Programa passam a ter juros de 1% ao ano. O Mais Alimentos também fortaleceu a indústria nacional. Os Acordos de Cooperação Técnica com a indústria determinam que os equipamentos financiados (cerca de 4.200) devem se enquadrar aos critérios de nacionalização da produção industrial do Governo Federal. Estes critérios determinam que, para ser considerado de fabricação nacional, um produto precisa dispor de conteúdo com pelo menos 60%, em peso e valor, de seus componentes produzidos no Brasil. Mais Alimentos África O Mais Alimentos também tornou-se referência para países do continente africano. Em janeiro e fevereiro deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Agrário assinou acordos de cooperação técnica com Gana e Zimbábue da ordem de US$ 193 milhões para financiar exportações de máquinas e equipamentos agrícolas produzidos no Brasil para projetos de fortalecimento da agricultura familiar nesses países. Os acordos são resultado do Diálogo Brasil - África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, realizado em 2010 em Brasília (DF). A Câmara Brasileira de Comércio Exterior (Camex) aprovou uma linha de crédito para países africanos de US$ 640 milhões (US$ 240 milhões para 2011 e US$ 400 milhões para 2012). O Mais Alimentos financia tratores (até 80 CV), máquinas, implementos agrícolas, colheitadeiras, veículos de transporte de carga, projetos para construção de armazéns e silos, cerca elétrica para isolamento do rebanho, melhoramento genético, correção de solo, formação de pomares e melhoria da logística administrativa das propriedades rurais, como a informatização dos estoques, entre outras ações.