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06/07/2011
Safra de grãos deve chegar a 162 milhões de toneladas, aponta Conab
O Brasil vai produzir 162 milhões de toneladas de grãos nesta safra. Os números são do décimo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta, dia 6, em Brasília (DF). O estudo, que retrata o estágio atual das culturas em todo o país, mostra novo recorde. A safra 2010/2011 terá aumento de 8,6%, o que representa 12,8 milhões de toneladas a mais que o alcançado no ciclo passado, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas. Em relação ao último levantamento, realizado em junho, a produção cresceu 0,31% ou o equivalente a 523 mil toneladas. A área cultivada cresceu 4,4%, atingindo 49,5 milhões de hectares, ou seja, 2,1 milhões de hectares a mais que em 2009/2010, quando chegou a 47,4 milhões de hectares. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área, tornando-se os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas. A pesquisa foi realizada por técnicos, no período de 20 a 24 de maio, por telefone, quando foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte. Dados por produto A produção de soja também deve ser a maior da história chegando a 75 milhões de toneladas, o que equivale a um crescimento de 9,2% em comparação com a safra 2009/2010. A área plantada com o grão cresceu 2,9%, passando de 20,4 milhões de hectares para 24,1 milhões de hectares. A colheita da soja está encerrada. De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, a soja é produto de maior liquidez. – Tem preço altamente atrativo, e, portanto, aqueles que estão plantando eu diria que no mínimo devam manter a área e talvez possamos verificar até crescimento. A área total semeada com milho vai atingir 13,6 milhões de hectares, enquanto a produção será de 57,1 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra, a estimativa é chegar a 5,8 milhões de hectares, expansão de 9,5%. A produção deve atingir 21,7 milhões de toneladas. O algodão terá o maior crescimento da área plantada entre todos os produtos, com elevação de 66,4%, alcançado 1,39 milhão de hectares. A produção deve chegar a dois milhões de toneladas de pluma. Já a safra de feijão vai aumentar 14,3%,alcançando 3,8 milhões de toneladas. Á área plantada pode crescer 7,3%, chegando a 3,8 milhões de hectares. A área da 1ª safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto a da 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de hectares. No caso do feijão 3ª safra, esse número chega a 771 mil hectares. O trigo deve perder 4,1% da área, chegando a dois milhões de hectares, com produção de 5,4 milhões de toneladas. Neste ano, os agricultores optaram mais pelas variedades destinadas à panificação. A região Sul, em função da queda de temperaturas e geadas, teve prejuízos nessas lavouras. O governo não contabilizou as perdas mas confirma que há especulação nos preços. – É muito delicado falar em uma patamar de perdas porque isso pode gerar informações contraditória, podendo inclusive gerar especulação de preços como a gente já viu essa semana, onde tivemos a informação de até R$ 30 a saca de milho – disse Porto. A área cultivada com arroz aumentou 3,4%, devendo chegar a 2,86 milhões de hectares. A safra apresenta um aumento de 17,8%, fechando em 13,7 milhões de toneladas. De acordo com o Ministério da Agricultura, as medidas tomadas para auxiliar o setor já estão surtindo efeitos. – Já temos noticias de recuperação dos preços a nível de indústria no Rio Grande do Sul, que nós estamos vendo como uma sinalização de que a política está dando certo – declarou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. O cultivo da canola é de 51 mil hectares, com um crescimento de 9,8% sobre a área anterior, de 46,3 mil hectares. A produção esperada é de 76,5 mil toneladas, sendo a maior parte concentrada no Sul do país.