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02/06/2011
Brasil e Argentina estabelecem compromisso para agilizar fluxo comercial
Brasília (2 de junho) – Depois de encontro com a ministra da Indústria e Turismo da Argentina, Débora Giorgi, na manhã de hoje, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou que os dois governos irão perseguir a meta de diminuir o prazo de entrada de produtos importados nos dois países. “Temos uma visão parecida de como deve ser o comércio entre os dois países. Houve uma grande concordância entre nós”, disse Pimentel. A ministra Débora Giorgi também sinalizou na mesma direção e falou que o intercâmbio comercial entre Brasil e Argentina “é promissor e que toda a América Latina só tem a ganhar com a relação”. Ela explicou ainda que “existem muitos ruídos sobre a relação entre os países, mas que os prazos de liberação das licenças de importação são e sempre serão respeitados”. As autoridades argentinas informaram que já houve liberação de licenças de importação pendentes de produtos brasileiros, dos setores de eletrodomésticos e máquinas agrícolas, entre outros, com valores aproximados de US$ 50 milhões. Já pelo lado brasileiro, foram liberadas licenças de importação para mais de três mil veículos procedentes da Argentina. Pimentel ressaltou ainda que o regime de licenciamento não automático adotado para as exportações de todas as origens (países) em 48 códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) do segmento ‘veículos inteiros’, desde o último dia 10 de maio, nunca foi uma retaliação ao país vizinho. “Trata-se de uma medida de cautela para monitorar a balança comercial brasileira deste setor em que o nosso déficit aumentou muito”, reforçou o ministro. Pimentel disse ainda que "nunca houve crise, ruptura ou descontinuidade nas relações comerciais entre Brasil e Argentina". "Problemas entre países com intenso comércio e fronteiras secas são normais", afirmou. No encontro, os representantes brasileiros e argentinos estabeleceram ainda que serão realizadas reuniões periódicas para solucionar problemas pontuais nas relações comerciais entre os dois países.