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12/05/2011
Presidente do Simers teme saída da John Deere, mas empresa diz que medida é prática normal
A concessão de férias coletivas para 1,3 mil funcionários na unidade da John Deere, em Horizontina, causa preocupação no sindicato patronal do setor. Mas a empresa informou, em nota, que se trata de uma medida tradicional realizada anualmente em razão da queda na demanda por máquinas no período do calendário agrícola. O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Telmo Desconsi, também afirmou que as férias coletivas são normais nesta época. – Desde 25 de abril, os funcionários da produção estão saindo de férias. Apesar das demissões do mês passado e do cenário desfavorável na Argentina, a situação não preocupa – informa. Mesmo assim, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Estado (Simers), Cláudio Bier, aponta uma série de fatores que causam apreensão: a queda nas vendas de máquinas, as barreiras argentinas e os incentivos do governo paulista na área. – As demais empresas continuam investindo em mão de obra qualificada. Isso não é normal– ressalta Bier. Embora admita que nesse período há redução na procura de colheitadeiras, o dirigente teme que, em razão das circunstâncias atuais, a companhia possa pensar em sair do Estado. – Se a John Deere sair de Horizontina, o impacto negativo poderá ser de 20 a 30% – analisa. O dirigente demonstra preocupação com o governo estadual, pois não há nenhum indicativo em relação a incentivos fiscais para as empresas do setor. Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado informou que já trabalha na criação de um programa de desenvolvimento voltado a setores que enfrentam crises cíclicas.