Rodada de negociações promove empresas brasileiras na Agrishow

Na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a rodada de negociações, atividade que envolve 13 países e 40 empresas brasileiras, é uma oportunidade para o brasileiro estar frente a frente com o importador. Os encontros desenvolvidos pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Equipamentos (Abimaq), em parceira com a agência de promoção das exportações, colocam na mesma mesa, importador e exportador. É o início de uma negociação que pode se estender por muito tempo e trazer benefícios para ambos os lados. Cada encontro entre importador e exportador dura meia hora e pode render um bom negócio. — A rodada é muito boa para o pequeno fabricante, que muitas vezes não sabe falar inglês, e tem dificuldade. Na rodada ele acaba tendo uma bela chance — afirma Carlos Pastoriza, diretor da Abimaq. Afonso Osório Ofiço, representante de uma multinacional em Moçambique, ficou impressionado com as tecnologias desenvolvidas no Brasil. Ele está tentando levar máquinas e implementos agrícolas para o continente africano. — Fiquei impressionado com a qualidade da tecnologia brasileira. Está valendo muito a pena ter vindo na Agrishow — comenta. Em outra mesa, a conversa entre dois brasileiros e um russo é mediada por uma tradutora. O diretor e dono de uma companhia veio em busca de pulverizadores e semeadoras. Acabou se interessando por muito mais. Outro exemplo é de uma empresa gaúcha, que desenvolveu uma plataforma para colheita de milho, participou da rodada e hoje exporta a máquina para 23 países. — Foi muito importante participar da rodada de negociações. Aumentou o leque de exportações — diz o vendedor de mercado externo Juarez Luis Martini Filho.