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03/05/2011
John Deere planeja expandir investimentos no Brasil
A empresa John Deere confirmou nesta terça, dia 3, que vai ampliar os investimentos no Brasil e que deve anunciar novos aportes para o crescimento do seu parque fabril no país. A empresa investiu US$ 2 bilhões no país ao longo dos últimos 10 anos. – Somos otimistas e realistas e o mercado brasileiro está muito bom – disse o diretor de Relações Institucionais para a América do Sul da companhia, Alfredo Miguel Neto. – Muito brevemente novos investimentos serão anunciados – completou o executivo. Ele confirmou que a John Deere analisa áreas em todo país para possíveis unidades. Recentemente, executivos da companhia estiveram, por exemplo, na região de Campinas (SP), para a avaliação de terrenos disponíveis. Na cidade do interior paulista, a companhia já tem um centro de distribuição de peças. – Essa região e (o Estado de) São Paulo são muitos importantes, mas nós avaliamos e investigamos áreas em todo o país; quando o mercado sinalizar para novos investimentos, precisamos estar prontos – afirmou. Além do centro em Campinas, a John Deere tem unidades fabris de tratores, implementos, colheitadeiras de grãos e colhedoras de cana em Montenegro e Horizontina, no Rio Grande do Sul, e em Catalão (GO). Nessa unidade goiana a empresa investiu R$ 60 milhões para a produção de pulverizadores. Tem, ainda, unidades de irrigação em Uberlândia e de produtos florestais em Barueri (SP), além de escritórios e centros de distribuição espalhados pelo país. Os números do primeiro trimestre da companhia, com alta de 25% no faturamento no país, ante queda de 12% a 15% no mercado, deram o tom otimista da John Deere na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). – A expectativa é manter esse desempenho durante o ano inteiro – previu Miguel Neto. Exportação O único empecilho para a John Deere no país é o desempenho das exportações, que caíram 50% no primeiro trimestre de 2011, ante igual período de 2010. Além do dólar desvalorizado, a empresa critica as barreiras impostas pela Argentina com a não renovação das licenças automáticas de importação de máquinas brasileiras. Com isso, as exportações John Deere para o país vizinho, que representam 50% de todo o volume da companhia na América do Sul, se resumiram a 150 colheitadeiras nos três primeiros meses de 2011. Para a companhia, a questão com a Argentina deve ser tratada entre os governos dos dois países e as montadoras são representadas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. (Anfavea). – Essas relações precisam ser claras, pois uma vez que a Argentina fecha a fronteira, isso impacta a companhia; o acordo automotivo entre os dois países não prevê a licenças de importação para o setor automotivo – argumenta Miguel Neto.