Notícias

11/03/2011
Expodireto Cotrijal tem perspectiva de recorde de negócios
Dois fatores que raramente se combinam podem fazer a 12ª edição da Expodireto Cotrijal atingir um volume de negócios histórico: uma safra gaúcha pujante, que pode superar as 23,6 milhões de toneladas, e preços internacionais do milho e da soja em crescente alta. Embalada por esse cenário favorável, a feira, que ocorre entre os dias 14 e 18 de março, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, tem condições de superar o recorde de R$ 512 milhões movimentados no ano passado, projetam seus organizadores. — Vivemos um momento único nos 16 anos em que estou à frente da cooperativa. Nunca tivemos uma conjunção tão positiva. Se o PSI (Programa de Sustentação do Investimento, que financia a aquisição de máquinas agrícolas de maior valor) voltar à normalidade, poderemos crescer mais de 20% — afirma Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, entidade responsável pela Expodireto. Para que os negócios com equipamentos – especialmente os de valor mais elevado – não sejam prejudicados durante o evento, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Claudio Bier, espera contar com os recursos disponíveis por meio do PSI, que foi suspenso em fevereiro e será retomado a partir de 1º de abril. Apesar de considerar que as novas regras do programa – 8,7% de juro e possibilidade de financiar até 70% do bem de capital – poderiam ser mais favoráveis, Bier reconhece que a manutenção do programa é importante tanto para o produtor rural quanto para os fabricantes. — Sem essa linhas de financiamento, é muito difícil enfrentar a concorrência das máquinas importadas, que se beneficiam do dólar baixo — avalia Bier. Mais otimista, o consultor Carlos Cogo reforça que, mesmo com taxa de juro um pouco mais elevada, esse é o momento de o produtor investir para modernizar seus equipamentos. O analista lembra que o preço da soja subiu 48% de março de 2010 a março de 2011, e o do milho, 81% no mesmo período. Dessa forma, o poder de compra do agricultor cresceu. Cogo avalia que não há perspectiva de que os preços caiam no mercado internacional. Pelo contrário, o milho deve se valorizar ainda mais devido ao aumento do mercado de etanol, principalmente nos Estados Unidos, e pelo crescente consumo de carne de frango, uma vez que o cereal é usado como ração. — Com o preço do milho tão em alta, a soja também sobe. Uma commodity puxa a outra. Por isso, esta tem tudo para ser uma grande Expodireto — prevê Cogo.