10/01/2011
Indústrias gaúchas pretendem investir R$ 3,6 bilhões este ano
As indústrias do Rio Grande do Sul planejam investir R$ 3,6 bilhões em seus negócios ao longo deste ano. A previsão é 28% superior ao montante de recursos aplicados no ano passado. A projeção é uma das conclusões da primeira edição da pesquisa Investimentos na Indústria-RS, realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Com a expectativa de manutenção da trajetória de crescimento da economia nacional, 87,6% das empresas gaúchas do setor indicaram que farão investimentos em 2011.
— Se no ano passado o principal objetivo foi o aumento da capacidade da linha de produção, para este ano houve mudança na estratégia. Agora a prioridade será a busca pela competitividade e pelo aprimoramento da produção já existente — aponta o presidente da Fiergs, Paulo Tigre.
A pesquisa apontou que, em 2010, 88,3% das indústrias consultadas promoveram efetivamente investimentos e a maioria realizou conforme havia planejado em 2009. A meta para 2011, segundo 34% dos entrevistados, é investir na melhoria do processo produtivo atual, enquanto 26% pretendem elevar a capacidade da linha de produção, 19% vão criar outros produtos, 11% querem manter a capacidade produtiva e 8% introduzirão novos processos produtivos.
Recursos próprios
A dificuldade em obter crédito junto a instituições financeiras contribui para que os empresários sigam dependendo de seus próprios recursos para aplicar neste ano. Essa será a principal fonte de financiamento apontada pelos entrevistados (42,5%) — índice alto, apesar de representar queda na comparação com o percentual de 2010, que foi de 48,7%.
Caso as expectativas dos empresários se concretizem, a participação dos bancos oficiais de desenvolvimento, como BNDES e BRDE, crescerá sua importância em 2011 — o índice passou de 25,8% no ano passado para a expectativa de 33,5% até o próximo mês de dezembro.
O objetivo da pesquisa, que passará a ser realizada anualmente, é conhecer de que forma os industriais do Estado planejam e aplicam recursos ao longo do ano. Para a elaboração desta edição, foram entrevistadas 182 empresas, de pequeno, médio e grande portes, entre os meses de outubro e novembro de 2010.