09/11/2010
Vendas internas de máquinas agrícolas caem 3,7% em outubro
As vendas de maquinas agrícolas tiveram queda no mês de outubro. É o que revela o levantamento da Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo a entidade, a redução no período se deve à preocupação do produtor com o custeio da safra. Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, o setor prevê crescimento menor ou até queda nas vendas no ano que vem.
Entre outubro e setembro, a baixa foi de 3,7%. Se comparado com outubro do ano passado, a redução é de 5%. Entretanto, no acumulado de janeiro a outubro, as vendas aumentaram quase 35%. O vice-presidente da Anfavea, Milton Rego, considera normal a queda no mês, porque o produtor ainda está mais preocupado em custear a safra. Ele avalia de forma positiva o atual momento do mercado e reclama apenas de dificuldades no crédito.
– O momento é bom, é de lucratividade em quase todos os setores. Isso faz com que o produtor pense na renovação de sua frota, na melhoria do seu parque de máquinas. Existem algumas regiões do país com dificuldade de tomar crédito nos agentes financeiros, mas quanto ao resto está bem – diz Rego.
Enquanto isso, as exportações registraram números positivos. Em outubro, houve alta de quase 18% em relação a setembro. Na comparação com outubro do ano passado, as vendas externas quase dobraram. No acumulado do ano, o aumento é de 33%. A Anfavea mantém as projeções de crescimento tanto no mercado interno quanto nas exportações.
– Nossas previsões para o mercado doméstico vão ser concretizadas. A previsão de exportações, é provável que chegue lá ou fique bem próximo – diz o vice-presidente da Anfavea.
Para o ano que vem, Milton Rego demonstra cautela. Segundo o executivo, as projeções, principalmente para o mercado interno, ainda não estão fechadas.
– O que a gente espera é que o crescimento seja pouco ou até haja um decréscimo em função de uma diminuição no fluxo de pedidos dos programas governamentais – explica Milton Rego.
Durante entrevista coletiva, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, defendeu estímulo às exportações de produtos manufaturados. Ele não detalhou que medidas poderiam ser adotadas. Disse apenas que é preciso melhorar a competitividade das empresas. Para o presidente da Anfavea, os números positivos nas exportações de veículos se devem à base de comparação mais fraca, já que 2009 foi o ano da crise financeira mundial.