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03/09/2010
Tempos de confiança
*Claudio Bier Não é todo ano que chegamos à época da Expointer com grau de otimismo tão elevado como nesta 33ª edição. O cenário econômico brasileiro, o desempenho do agronegócio no primeiro semestre e a fartura de crédito indicam que o setor industrial deverá ser levado por esta onda de boas notícias a bater novos recordes em Esteio. As empresas de máquinas e implementos agrícolas presentes à exposição estão lançando dezenas de novos produtos para instrumentalizar o produtor rural, que, por sua vez, está ávido por modernizar ainda mais sua propriedade e aumentar a produtividade. No ano passado, a Expointer já demonstrou grande vigor econômico. Somente o setor que representamos mais do que dobrou o volume de vendas do ano anterior, chegando a R$ 795 milhões. Agora em 2010, o agronegócio cresceu 7,5% no primeiro semestre, as empresas de máquinas agrícolas tiveram faturamento 38% superior ao mesmo período do ano passado, as exportações também cresceram e houve melhora da balança comercial do setor. Também nosso mercado interno apresenta grande demanda, elevando o nível de utilização da capacidade instalada para 85%. Somente esses dados mais do que autorizam nosso otimismo, mas temos ainda de contabilizar a valorização dos preços agrícolas e a safra recorde. Nesta Expointer, amplia-se a mecanização nas lavouras da agricultura familiar, com o início da comercialização de colheitadeiras de pequeno porte por meio do programa Mais Alimentos, que financia R$ 130 mil individualmente, mas permite compras coletivas de até R$ 500 mil, com juro baixo e prazo alongado. Não menos importantes, centenas de outros produtos podem ser obtidos com estas condições e por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), e de linhas de crédito do Banrisul, do BRDE e da Caixa RS, entre outros meios. É importante destacar que o salto comercial dado na Expointer pelas empresas de máquinas agrícolas também é resultado de um trabalho de longo prazo feito pelo Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers). Nossa instituição trabalhou forte desde 2002 para consolidar uma área especial para máquinas dentro do Parque Assis Brasil, realizando obras de infraestrutura imprescindíveis. Realizamos um trabalho consistente para a internacionalização da feira, por meio da Apex Brasil. Tivemos também papel decisivo ao apoiar o programa Mais Alimentos: levamos informações para nossos associados, propusemos a elevação do teto de financiamento, convencemos o governo federal a torná-lo um programa permanente e lutamos para incluir colheitadeiras entre os produtos financiados. Acreditamos que essas ações de nosso Sindicato, em sintonia com as do poder público, contribuíram para colocarmos mais máquinas a serviço da produção de alimentos, gerando mais empregos e divisas para o país. Por tudo isso e pelos dias de confraternização que vivemos na feira, somos contagiados pelo clima de confiança que cerca esta Expointer. * Artigo do presidente Claudio Bier publicado em edição extra da revista VOTO que está circulando na Expointer