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31/08/2010
Mais Alimentos financia colheitadeiras para a agricultura familiar
Cinco modelos de colheitadeiras já estão sendo financiadas pelo programa Mais Alimentos, linha de crédito especial do Pronaf, com descontos médios de 18% em relação aos preços de mercado. O desconto para os agricultores familiares é resultado de um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (SIMERS), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, na terça-feira (31), durante entrevista coletiva na sede de eventos do SIMERS na Expointer, em Esteio, com presença do presidente do Sindicato, Claudio Bier, e dos representantes da Anfavea, Milton Rego, e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Hélder Muteia. A nova linha de financiamento do Mais Alimentos propicia o retorno ao mercado das colheitadeiras de Classe III, cuja produção havia sido descontinuada. Trata-se de um modelo desenvolvido pela Semeato, empresa com sede em Passo Fundo (RS). Também serão financiados quatro modelos de Classe IV, fabricados por New Holland, John Deere, Massey Ferguson e Valtra. Os preços e descrições das colheitadeiras estão no portal do MDA (www.mda.gov.br), no endereço http://www.mda.gov.br/portal/saf/institucional/maisalimentos.
Colheitadeira da Semeato retorna ao mercado
Como o valor das colheitadeiras excede o limite individual de compra do Mais Alimentos (R$ 130 mil), elas serão comercializadas por meio da apresentação de projetos coletivos, que reúnem mais de um produtor, respeitando-se o limite máximo de R$ 500 mil. Esta modalidade foi instituída no Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011. Como nos projetos individuais, a viabilidade dos projetos apresentados pelos agricultores familiares às instituições bancárias precisa ser comprovada por serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER). As condições de pagamento são as mesmas dos projetos individuais: prazo de até dez anos para pagar o financiamento, com até três anos de carência e juros de 2% ao ano. Os contratos do Pronaf Mais Alimentos são vinculados ao Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). ACESSO A NOVAS TECNOLOGIAS O financiamento de colheitadeiras consolida o acesso da agricultura familiar a novas tecnologias propiciado pelo Programa lançado pelo MDA no Plano Safra 2008/2009 com o objetivo de modernizar as propriedades familiares e responder rapidamente a necessidade de aumentar a produção, uma necessidade decorrente da chamada crise mundial de alimentos que abalou os mercados no período. A linha de crédito especial do Pronaf financiou, desde então, a comercialização de 33 mil tratores de até 78 CV. Em 2010, o Mais Alimentos tornou-se política pública permanente. Em maio, durante o Encontro Diálogo Brasil-África, realizado em Brasília (DF), o Governo Federal oficializou a expansão do Mais Alimentos para os países africanos. Um fundo do BNDES vai financiar a comercialização de tratores e equipamentos para fortalecer e modernizar a agricultura familiar no continente. Os investimentos em infraestrutura das propriedades familiares propiciados pelo Mais Alimentos contemplam colheitadeiras, tratores, veículos de transporte de máquinas e equipamentos agrícolas e projetos como silos, sistemas de ordenha e irrigação, resfriadores e correção de solo. O Programa atende os seguintes produtos e atividades: açafrão, arroz, café, centeio, erva-mate, feijão, mandioca, milho, sorgo e trigo, além das atividades de fruticultura, olericultura, apicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, caprinocultura, ovinocultura, pesca e suinocultura.