Atividade industrial no RS encerra 2009 com queda de 12,1%

Segundo estimativas da Fiergs, a indústria deve retomar ao nível pré-crise já na metade do ano A atividade industrial gaúcha fechou 2009 com uma queda de 12,1%, em comparação a 2008, aponta o Índice de Desempenho da Indústria (IDI-RS) divulgado nesta quinta-feira. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, o desempenho do ano passado era esperado diante da intensidade da crise. Para 2010, a expectativa é de um quadro mais favorável para o setor, projeta Tigre, embora o câmbio e o cenário internacional ainda sejam fontes de preocupação. Segundo estimativas da entidade, a indústria deverá crescer 10% em 2010 e retomar ao nível pré-crise já na metade do ano. A retração no acumulado do ano passado foi reflexo direto das consequências da crise econômica internacional, de acordo com a federação. Os segmentos mais atingidos foram metalurgia básica, com queda de 28,4%, máquinas e equipamentos, que sofreu redução de 23,3%, produtos de metal, com diminuição de 18,4%, e químicos, que caiu 16,2%. Em relação ao mercado de trabalho, as maiores desacelerações foram na massa salarial (7,8%) e no emprego (7%). O setor deixou de empregar 50 mil trabalhadores em 2008. Os setores que menos contrataram foram veículos automotores, com queda de 26,8% nas contratações, o que provocou impactos diretos nas regiões Norte e Serra, máquinas e equipamentos, que reduziu 11,9%, causando reflexos no Alto Jacuí e na Fronteira Nordeste, e calçados, cujo índice de geração de empregos caiu 11,1%, atingindo principalmente o Vale do Rio dos Sinos e a Paranhana Encosta da Serra. Em dezembro, a atividade industrial teve crescimento de 3,6% em relação a novembro. Foi o quarto mês consecutivo com alta. De setembro a dezembro de 2009, o IDI-RS acumulou expansão de 7,7%, mas não conseguiu anular as perdas acumuladas no ano. Após 13 meses, o índice registrou a primeira variação positiva em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2008. O avanço foi de 2,5%.