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09/11/2009
Mercado de máquinas agrícolas dá sinais de recuperação
Outubro foi mais um mês de recuperação para a indústria de máquinas agrícolas. Porém, na avaliação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), isso não significa que a crise já tenha passado. A entidade considera que a oferta de crédito para a compra de tratores de grande porte e colheitadeiras ainda está fraca. A produção de máquinas agrícolas cresceu 15,1%, com 7.008 unidades ante as 6.087 de setembro. Com relação a outubro do ano passado, quando foram produzidas 8.791 unidades, houve queda de 20,3%. No acumulado do ano, a queda foi de 26,9%, com 52.795 unidades produzidas contra 72.192 no mesmo período do ano passado. As vendas em outubro aumentaram 13%, com 6.160 máquinas comercializadas, ante 5.451 no mês anterior. Houve aumento também na comparação com outubro do ano passado (12,9%). No acumulado do ano, houve queda de 4,2%. Neste ano, foram vendidas 44.526 unidade ante as 46.461 do ano passado. As exportações deste ano acumulam queda de 61,4%. De qualquer forma, para a Anfavea, a indústria de máquinas vem se recuperando neste ano. A produção e o nível de emprego no segmento também têm crescido há alguns meses. A entidade considera que isso é resultado dos programas do governo, como o Mais Alimentos. De acordo com a Anfavea, não se pode ver com grande otimismo essa recuperação das vendas internas de máquinas agrícolas por dois motivos. O primeiro é porque a base de comparação é fraca. Ou seja, os números de hoje estão sendo comparados com outubro do ano passado que foi justamente quando a crise financeira atingiu o setor e as vendas de máquinas caíram muito. O outro é que, segundo a associação, o crédito para o agronegócio ainda não foi retomado por completo. A aposta da Anfavea para retomar as vendas das máquinas agrícolas de grande porte está nas linhas especiais de financiamento. Entre elas, as que fazem parte do chamado Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, que tem taxas de juros menores. A associação espera também que o programa Mais Alimentos seja ampliado.