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27/10/2009
Lula recebe plano de ação da CNI para aumentar a competitividade do Brasil
Passados 60 dias do 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, os empresários apresentaram ao governo federal, na sexta-feira (23), um plano de ação para a agenda da inovação no Brasil. Essa é uma iniciativa empresarial e está no centro da estratégia de competitividade e de crescimento do País. A proposta entregue pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva é o fortalecimento da Iniciativa Nacional pela Inovação (INI), envolvendo o setor público e privado. A INI funcionaria nos moldes do bem-sucedido Programa Brasileiro da Qualidade de Produtividade (PBQP), criado em 1990 para auxiliar as empresas a melhorar os padrões de qualidade de produtos e serviços e aumentar a competitividade internacional. O presidente da FIERGS e vice-presidente da CNI, Paulo Tigre, participou do encontro que contou com 30 líderes empresariais. A indústria brasileira se comprometeu em alcançar uma meta: dobrar, nos próximos quatro anos, o número de empresas inovadoras. A inovação é, atualmente, praticada por cerca de 30 mil empreendimentos instalados no Brasil, a maioria do segmento industrial. A meta, portanto, é de terminar o ano de 2013 com 60 mil empresas que inovam em produtos e processos. O que significa que, a cada ano, 7.500 empresas precisam iniciar a gestão da inovação. Essa meta só poderá ser atingida a partir da parceria entres os setores público e privado. O governo deve, de um lado, melhorar os instrumentos de apoio. Do outro, as empresas que já inovam devem aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento; as que ainda não o fazem terão as condições para começar seus projetos. A Iniciativa Nacional pela Inovação teria uma estrutura com ações específicas de coordenação, articulação, mobilização, capacitação e comunicação. Essas estruturas teriam metas e responsabilidades individuais. Em uma economia que investe pouco em inovação, a concorrência com produtos importados e a capacidade de competir no exterior ficam prejudicadas. Segundo dados de 2006 do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Brasil investe anualmente em inovação 1% do Produto Nacional Bruto (PNB), somados os gastos públicos e privados. Países desenvolvidos como o Japão (3,17%), os Estados Unidos (2,61%) e a Alemanha (2,47%) investem duas, até três vezes mais. Concorrentes diretos, como China e Rússia, também aplicam mais recursos em inovação do que o Brasil: 1,36% e 1,38%, respectivamente. Governo aprova grupo executivo - O governo federal vai montar um grupo executivo para melhorar os instrumentos de apoio à inovação e, com isso, ajudar as empresas privadas a aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A informação foi dada hoje pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, e pelo secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antônio Elias, em Brasília, após reunião de empresários com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo executivo será ligado aos ministérios envolvidos com a inovação e também às associações empresariais que representam os diversos setores industriais. A meta é dobrar, em quatro anos, o número de empresas que investem em inovação no Brasil. Hoje são cerca de 30 mil empresas. Industriais e governo concordaram no objetivo de inserir na agenda da inovação outras 30 mil empresas, de todos os portes, até o final de 2013.