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07/05/2009
Estiagem do Sul reduz estimativa de safra de grãos
A estiagem na região Sul interrompeu a sequência de dois meses de crescimento que vinha sendo registrada na safra atual de grãos do país. O oitavo levantamento do ciclo 2008/2009, anunciado nesta quinta, dia 7, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta agora para uma colheita de 136,59 milhões de toneladas, 0,7% menor que as 137,57 milhões toneladas projetadas no mês passado. Ainda assim, este período segue como o segundo o melhor da história. A maior retração ocorre no milho segunda safra, cultura mais atingida pela estiagem em alguns Estados. A nova estimativa prevê uma safrinha de 17,41 milhões de toneladas, ou 624 mil toneladas a menos em relação a abril. As maiores quebras estão em Mato Grosso e, sobretudo, no Paraná. As plantações de soja também foram atingidas e registram redução de 518,10 mil toneladas. Com isso, o Brasil deve colher 57,62 milhões de toneladas. O maior produtor da oleaginosa é o Mato Grosso (18 milhões toneladas), seguido do Paraná (9,57 milhões toneladas) e do Rio Grande do Sul (7,84 milhões toneladas). Pela primeira vez neste ciclo, a estatal diminuiu as previsões para a safra de feijão. A colheita total será de 3,76 milhões de toneladas, queda de 47,6 mil toneladas em relação ao mês anterior. Outro fator é a diminuição de 30,9 mil hectares da área cultivada. Mesmo com este recuo, a colheita de feijão deve ser de aproximadamente 6,9% maior que a safra passada. A projeção para o arroz é também de incremento de 138,4 mil toneladas em comparação a abril, chegando agora a 12,81 milhões de toneladas no total. Já o trigo, safra 2009/2010, sofre redução de 9,2% em relação a do ano passado, resultando em 5,46 milhões de toneladas. A área total ocupada por todos os grãos no País é de 47,56 milhões de hectares, sendo 37,4% na região Sul, 31,7% no Centro-Oeste, 17,4% no Nordeste, 10,1% no Sudeste e 3,4% no Norte. Para realizar o levantamento, a Conab manteve contato no mês passado com agricultores, agrônomos, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural e agentes financeiros nos principais municípios produtores do país.