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05/05/2009
Setores pressionam por redução de impostos
Associações e sindicalistas querem ser contemplados com pacotes de desoneração Após carros e linha branca, outros setores pressionam governo pela redução de impostos. Associações e sindicalistas marcam presença na Esplanada dos Ministérios para serem contemplados com pacotes de desoneração. Os produtores de máquinas e equipamentos, calçados, eletroeletrônicos, área têxtil, confecções, papel e celulose, setores aéreo, frigorífico, de infra-estrutura, software e consumidores de energia também aguardam a mesma atenção da União. Com quatro milhões de pessoas na folha de pagamento, os dez setores buscam em Brasília sensibilizar e pressionar o governo federal. Além do IPI, a discussão passa pela desoneração de PIS, Cofins e os encargos trabalhistas. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, propõe um regime especial de desoneração. Em troca, o compromisso da manutenção dos 240 mil empregos com isenção total de PIS, Cofins e ICMS durante quatro meses. O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, ressalta que, no primeiro trimestre, houve queda de 30%, na média, mas alguns produtores registraram 70%. Falando ao repórter Marcelo Mattos, ele conta 15 mil demissões no período e fala sobre o aumento de 6% nas importações. O economista Clóvis Panzarini ressalta que, apesar da alta carga tributária, a renúncia fiscal tem limites por conta da queda da arrecadação. O ex-coordenador de arrecadação da Secretaria da Fazenda de São Paulo lembra que o governo terá de escolher pelo aumento da dívida. Alguns setores conseguem dar resultado no curto prazo para conceder as desonerações. Agora, os demais também almejam benefícios, porém o governo não possui margem para reduzir ainda mais a carga tributária. A Abimaq destaca que o Brasil é o único país do mundo que tributa investimentos na compra de máquinas e equipamentos. A persistência do setor frigorífico deve render, nessa semana, as desonerações das alíquotas de PIS/ Cofins para aquisição do boi gordo.