Atividade industrial gaúcha sofre maior queda em 17 anos

Principal motivo da retração é a redução da demanda após o agravamento da crise econômica A atividade da indústria gaúcha sofreu no primeiro trimestre deste ano sua maior queda desde 1992. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa caiu 14,2%. Em março, a atividade industrial cedeu 13,9%, comparada ao mesmo mês do ano passado. Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o principal motivo da retração é a redução da demanda após o agravamento da crise econômica (na opinião de 67,8% dos entrevistados). Todas as variáveis do Índice de Desempenho Industrial (IDI) tiveram desempenho negativo, principalmente o faturamento, afetado pela queda das exportações, e as compras das empresas, reduzidas pelo corte na produção. Com esse resultado, o mercado de trabalho também foi atingido, com redução das horas trabalhadas (-12,2%), da massa salarial (-5,7%) e dos empregos (-3,8%). Os setores com os maiores recuos foram químicos (-28,6%), metalurgia básica (-26,5%) e produtos de metal (-26%). Os segmentos que mais reduziram vagas no período foram fumo (-32,5%), couro e calçados (-9,4%), máquinas e equipamentos (-7,8%), borracha e plástico (-6%) e móveis (-3,2%).